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Veja como manejar azevém e papuã na sua lavoura de milho

Integrando época de semeadura e herbicidas pré e pós-emergentes no controle de plantas daninhas em milho no Rio Grande do Sul

Azevém e papuã são plantas daninhas altamente competitivas e de ocorrência certa em lavouras de milho no Rio Grande do Sul (RS). Em lavouras onde essas plantas daninhas não são bem manejadas, a competição exercida por elas sobre a cultura resulta em perdas na produtividade do milho de até 80%.

Durante a última década, o manejo de azevém e papuã em milho tem sido realizado através da aplicação intensiva de herbicidas, principalmente glyphosate. No caso do azevém, a resistência ao glyphosate foi o principal fator responsável pela redução na eficiência no controle. Já no caso do papuã, ainda não há relato de resistência ao glyphosate no Brasil, sendo esta espécie controlada com relativa facilidade. Apesar disso, o banco de sementes do solo origina novos fluxos de emergência de plantas de azevém e papuã. Isso significa que após cada aplicação de herbicidas, novo fluxo de plantas germinam. Para controlar novos fluxos de emergência seriam necessárias sucessivas aplicações de herbicidas. No entanto, esta prática não é sustentável. Dessa maneira, a implementação de diferentes práticas de manejo das plantas daninhas como épocas de semeadura do milho, aplicação de herbicidas residuais pré-emergentes, e herbicidas pós-emergentes são estratégias que devem ser consideradas.

Recentemente publicamos os resultados de dois anos de estudo realizados em Não-Me-Toque, RS. Estes estudos foram compostos por três fatores:

1. Três épocas de semeadura do milho (agosto, setembro e outubro).

2. Com e sem aplicação de herbicidas pré-emergentes (atrazina + S-metolachlor) – aplicação após a semeadura.

3. Herbicidas em pós-emergência (atrazina, atrazina + glyphosate, atrazina + glufosinato de amônio, e atrazina + nicosulfuron) – aplicação em V4-V5 do milho.


O milho foi semeado “no limpo” após a dessecação das plantas daninhas. O controle das plantas daninhas foi avaliado aos 28 dias após o tratamento (DAT) com pré-emergentes e 21 DAT com pós-emergentes através da determinação da densidade de azevém e papuã (no de plantas/m2). Ao final, a produtividade do milho foi obtida.

Os resultados demonstram que a época de semeadura do milho influencia a densidade de azevém e papuã. As maiores infestações de azevém foram observadas de agosto a início de outubro (média de 79 plantas/m2), e de papuã de setembro a outubro (média de 20 plantas/m2). Desse modo, pôde-se observar que entre os meses de setembro e outubro ocorreu a maior infestação simultânea das duas plantas daninhas.

A aplicação de atrazina + S-metolachlor em pré-emergência do milho reduziu a densidade do azevém e papuã em média de 84% e 59%, respectivamente. A expressiva redução na densidade dessas plantas daninhas após a aplicação dos herbicidas pré-emergentes favoreceu o controle em pós-emergência, visto que, o controle em pós-emergência é mais efetivo em baixas densidades. Em geral, a produtividade do milho foi maior nos tratamentos onde houve menor densidade de plantas daninhas. Além disso, a adição de atrazina + S-metolachlor é ponto positivo para o manejo da resistência aos herbicidas e ao manejo das plantas daninhas a médio e longo prazo.

O trabalho original em inglês foi publicado na revista científica Bragantia e pode ser acessado clicando aqui.

Cristiano Piasecki

Engenheiro Agrônomo e Doutor em Fitossanidade (Herbologia)

Pesquisador e Consultor na ATSI BRASIL

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